Pink

Ontem enquanto dava banho na Pink passou um filme na minha cabeça. Lembrei o quanto esperei pela baby. Desde os 17 anos tinha vontade de ter um labtador mas, como meu avô já tinha cachorro ciumento em casa, não quis arriscar. Quando a viralatinha morreu, em 2009, não passou pela minha cabeça comprar um filhote sabendo que na SUIPA tem tantos para adoção. Fomos até lá e levamos para casa uma cadelinha linda chamada carinhosamente de Pretinha. A má noticia é que a bichinha estava com a tal doença do carrapato e não resistiu. Na mesma semana, meu avô ganhou de um amigo a Teca, essa vira-lata da foto. Como disse, a Teca é do meu avô e eu ainda não estava satisfeita. Continuava com uma vontade enorme de ter um bichinho só meu.

Conversando com a minha avó, ela deu sinal verde e falou que comprava um labrador para mim. Nossa! Ninguém tem ideia de como fiquei feliz nesse dia. Fui correndo pesquisar um bom canil para comprar meu tão esperado filhote. E no dia 19 de setembro, por volta das 8 horas da noite, a Pink chegou na minha casa. Ela era do jeitinho que sonhava. LINDA!

Pink não é um Marley da vida apesar de ter comido meu sapato favorito. Ela tem seus momentos de travessura como qualquer cão. Destrói plantas, arranha o carro, rasga tudo que alcança e o que não alcança também já que é esperta ao ponto de saber subir nas coisas.

Foi o melhor presente que ganhei. É  tão gostoso chegar em casa e ver aquela carinha linda, o rabinho abanando e a barriguinha para cima pedindo carinho. Adoro as nossas tardes vendo TV atá pegar no sono, nossos passeios pela praia, nossas longas conversas (sim, ela fala comigo e me entende como ninguém). Cada gracinha e momento ao lado dela é simplesmente único e especial.

Sem dúvidas, a Pink é a melhor cadela do mundo. Mas pode ter certeza que o dia que ela morrer, claro que isso só vai acontecer daqui há 50 anos no mínimo, não quero outro labrador. Até porque só em pensar que daqui a pouco minha cabeça vai explodir de tanta dor por causa dos latidos e que ela atrasa cada dia mais a obra da minha casa é de enlouquecer qualquer um. Todo dia que o pedreiro chega, fala que tem algum material destruido. Só uma parede ele já pintou umas três vezes. Até meu avô já se conformou com a destruição da Pink e não reclama tanto como no início. E nem tem como brigar com ela. Essa carinha derruba qualquer um.